CONTROLE TECNOLÓGICO DE OBRAS DE TERRAPLENAGEM
Ao iniciar a execução de uma obra de terraplenagem, é indispensável que se faça a escolha de materiais adequados, que atendam especificações vigentes, as quais determinam os índices mínimos de qualidade necessária.
O controle tecnológico leva em conta as exigências do projeto e das especificações particulares de cada obra em especial quanto a: característica e qualidade do material a ser utilizado; espessura e homogeneidade das camadas; equipamento adequado para a compactação; grau de compactação mínimo a ser atingido.
O surgimento de patologias em um pavimento em maior ou menor espaço de tempo ocorrerá em função das suas condições técnicas ou executivas e da exposição ao tráfego e aos agentes naturais.
A maneira mais eficaz de evitar, ou, ao menos minimizar patologias nos pavimentos é através de um controle eficiente dos materiais empregados e da execução e compactação de TODAS AS CAMADAS.
De nada adiantará contratar o ensaio apenas na última camada compactada (superficial) pois não se terá conhecimento se o material utilizado era adequado ao uso e nem nenhuma averiguação do grau de compactação das camadas adjacentes, sendo insuficiente para garantir a qualidade final do serviço de terraplenagem.
O fornecedor dos serviços de terraplenagem não assumirá responsabilidade pelo serviço executado, pois segundo ABNT NBR 5681:2015 o controle tecnológico deve ser aplicado obrigatoriamente em casos como: aterros com alturas superiores a 1,0 metro; aterros com volumes superiores a 1.000,0 m³, aterros que requerem suporte na fundação, assim como pavimentos e estruturas de contenção.
O controle de qualidade, quando realizado de maneira adequada, impede falhas patológicas da construção como por exemplo: recalques, erosões em encostas e taludes, vazamentos hidráulicos e sanitários, dentre outros.
Os serviços compreendem:
1 ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO EM LABORATÓRIO
Tem a finalidade de determinação de:
– parâmetros característicos dos solos: liquidez e plasticidade, massa específica, granulometria, índice de suporte califórnia (CBR), compactação Proctor, entre outros, para se averiguar se estão de acordo para o fim que se destinam (estrada, pista de rolamento, pátio de fábrica, etc.)
– parâmetros de referência ideais de compactação: massa específica aparente seca máxima e umidade ótima, que serão utilizados na comparação com os dados que serão obtidos posteriormente no controle em campo.
2 ACOMPANHAMENTO DOS SERVIÇOS DE COMPACTAÇÃO E ENSAIOS “IN SITU”
Finalizados os testes em laboratório, pode-se então mobilizar-se o laboratorista para o campo para acompanhar a execução da compactação das camadas.
Após o término da compactação de cada camada, o laboratorista realiza os ensaios de:
– determinação do teor de umidade, devendo estar o mais próximo possível daquela obtida em laboratório;
– da massa específica aparente seca máxima que dividida pelo parâmetro obtido em laboratório anteriormente irá fornecer o Grau de Compactação.
Se ambos os resultados forem satisfatórios, então a camada pode ser liberada, caso contrário a camada deve ser aberta e recompactada.